28 janeiro 2008

O descaso do SBT com os autores nacionais

25/01
SBT pode não produzir mais a novela Carrossel
Fonte: http://natelinha.uol.com.br/2008/01/25/not_11500.php

No ano passado, o SBT contratou uma equipe para desenvolver o remake da novela Carrossel, sucesso da Televisa nos anos 90. Ronaldo Ciambroni ambientou a trama para os dias atuais. Mais de 100 capítulos já foram escritos e, ao que parece, serão jogados no lixo.
Isso porque o contrato de parceria envolvendo novelas entre as duas emissoras termina neste ano e, segundo meio mundo, não será renovado.
Segundo a coluna Canal 1, Silvio Santos teria inclusive encurtado a novela Amigas e Rivais em 2 meses e proibido a seus executivos a exibição de qualquer outra produção da Televisa, com exceção de Chaves, que é um contrato separado.
A bola da vez, ao que parece, é a Argentina. A emissora acabou de exibir a novela Chiquititas 2000 e agora está com La Lola, trama que estreou muito bem na audiência por aqui.
Sem contar que a emissora vai voltar a fazer uma novela 100% nacional, desde 2001 proibida sob contrato com a emissora mexicana.


A POSIÇÃO DO GRTV PERANTE ESSA NOTÍCIA:

Gostar ou não do conteúdo de "Carrossel" não torna menos vergonhoso o tratamento que o SBT tem dado aos autores nacionais. E quem está tendo seu trabalho jogado no lixo é um dramaturgo de primeira: Ronaldo Ciambroni já ganhou DOIS MOLIÉRES (1974 e 1978), DOI S PRÊMIOS MAMBEMBE (1988 e 1992), UM APCA (1988), TRÊS APETESP (1988, 1989 E 1990), UM GRANDE OTHELO (1983), MELHOR ESPETÁCULO ESTRANGEIRO NO FESTIVAL DE HAVANA (1995), PRÊMIO ARY BARROSO (1996), ENTRE OUTROS... Já escreveu mais de 30 peças, mais de 10 telenovelas, inúmeros seriados (incluindo VILA-SESAMO)... tem um teatro municipal com seu nome...

Se o SBT trata um autor como o Ronaldo Ciambroni com tamanha desconsideração... Como ficariam os autores iniciantes?

Esse tipo de tratamento não é novidade na emissora do Seu Silvio, que insiste em dirigir a programação como quem troca o cardápio da cozinheira da família. Mas é lamentável que justo no ano em que os roteiristas dos EUA lutam bravamente por mais respeito profissional (peitando Globo de Ouro e Oscar), vejamos esse tipo de postura perdurar no Brasil!