A demanda por conteúdo em vídeo aumentou, independente da plataforma, assim como a fragmentação da audiência. E os consumidores estão dispostos a pagar por esse conteúdo. Esses foram alguns dos principais resultados da pesquisa "Television: entering the era of mass-fragmentation" da Accenture sobre conteúdo digital, realizada com quase 14 mil consumidores, em 13 países, para saber como as pessoas respondem ao conteúdo de vídeo e como se adaptam a novas plataformas.
Um dos resultados mais significativos do estudo mostrou que cresce o consumo de conteúdos de vídeo, independente da plataforma. Ao mesmo tempo, também cresce a fragmentação da audiência. O consumo de vídeo cresceu em relação à pesquisa de 2008, com aumento dos usuários que assistem a seis ou mais canais de televisão (40% dos entrevistados em 2009, em comparação a 35% em 2008) e que veem oito ou mais programas por semana (39% este ano e 33% no ano passado). O número de usuários que afirmaram gostar de ver os programas em outros dispositivos, além da TV, também cresceu em relação ao ano anterior: 74% dos usuários revelaram que assistem a conteúdos em computadores pessoais em 2009, em 2008 foram 61%. Em relação a dispositivos móveis o número também cresceu: 45% em 2009, contra 32% em 2008. O número de pessoas que desejam assistir TV em um computador saltou de 61% em 2008 para 74% em 2009.
Em relação ao conteúdo, 73% dos entrevistados afirmam ver os seus programas preferidos em mais de um canal. As formas que eles utilizam para tomar conhecimento sobre a programação são: comerciais (40%), zapping de canais (33%), recomendação de amigos e família (30%), entre outros. Blogs e anúncios em celulares também foram apontados, em menor proporção.
Segundo a pesquisa, os telespectadores do Brasil, México e Malásia, por exemplo, são três vezes mais propensos e interessados em assistir ao conteúdo de vídeo no telefone celular (de 65%, em 2008, a 71% em 2009) do que os consumidores de países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido (em 2008, 22% e, em 2009, 26%).
Quer pagar quanto?
Na pesquisa, os consumidores demonstraram mais disposição em pagar por diferentes tipos de conteúdo em relação à mesma pesquisa realizada em 2009. De acordo com o estudo, 49% dos entrevistados pagariam por um serviço digital de programação, 37% a mais que no ano passado. No Brasil, esse número foi de 46%, em 2008, para 63%, em 2009, ficando atrás apenas do México. Entre aqueles que apresentaram disposição em pagar pela programação, 25% preferem pacotes de assinatura, 12% o modelo pay-per-episode e 9% o pay-per-season. Os conteúdos patrocinados também se destacam: 40% dos participantes da pesquisa afirmaram preferir assistir anúncios em troca de conteúdo livre.
A pesquisa está disponível no endereço: http://alturl.com/z775 .
Por Daniele Frederico. Tela Viva News.
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